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Em fevereiro de 2024, os preços atingiram quase a máxima em 15 anos. Isso é significativo considerando que o Cazaquistão, com sua empresa líder Kazatomprom, é o maior produtor mundial de urânio. Recentemente, a Kazatomprom alertou sobre a escassez de ácido sulfúrico, essencial em vários estágios da produção de urânio. Essa escassez e os atrasos na produção de urânio podem representar um desafio significativo até 2025. A limitação da capacidade da Kazatomprom para atender à demanda global é exacerbada pela falta de ácido sulfúrico, fundamental em processos que vão desde a preparação do minério até a conversão em hexafluoreto de urânio (UF6), afetando etapas como lixiviação, extração e purificação.
O preço do urânio dobrou recentemente, atingindo mais de +R$1077/kg (+$100/lb), um nível não visto desde o desastre de Fukushima em 2011. Essa escalada nos preços é atribuída ao aumento do foco estratégico em energia nuclear por parte de 24 países, incluindo os EUA, Japão, China e França, que planejam triplicar sua capacidade nuclear. Esse aumento da demanda gerou pressão sobre a capacidade instalada e a cadeia de suprimentos dedicada à produção de urânio, a matéria-prima essencial para usinas nucleares.
A legislação americana também aprovou recentemente um projeto de lei que prioriza fontes domésticas de 20 toneladas de urânio HALEU, o que adiciona mais pressão à oferta global. Atualmente, a produção mundial de urânio está ajustada para cerca de 50 mil toneladas por ano, com Cazaquistão, Canadá e Austrália como os principais fornecedores.
O HALEU, ou Urânio de Alta Pureza e Baixo Enriquecimento, é particularmente valioso por sua concentração de U-235 entre 5% e 20%, tornando-o adequado para reatores nucleares de alta temperatura. Esse tipo de urânio permite a produção de reatores mais eficientes e seguros, reduzindo a quantidade de resíduos nucleares gerados.
A produção de urânio requer uma quantidade significativa de ácido sulfúrico, comumente na proporção de 1:1. A escassez desse ácido, que é vital em várias etapas do processo de produção de urânio, está causando preocupações na cadeia de suprimentos. Até 2025, espera-se que essa escassez persista, afetando não apenas a produção de urânio, mas também diversas outras indústrias que dependem do ácido sulfúrico, como a indústria química, de baterias e de papel e celulose.
Diante desse cenário, é essencial que as empresas dependentes desses materiais desenvolvam estratégias para mitigar os impactos da escassez. Isso pode envolver a diversificação da cadeia de suprimentos, o investimento em tecnologias alternativas ou a busca por fornecedores alternativos. Adaptar-se rapidamente a essas mudanças é fundamental para garantir a continuidade dos negócios e minimizar os impactos nos preços e na produção.
In February 2024, prices reached nearly a 15-year high. This is significant considering that Kazakhstan, with its leading company Kazatomprom, is the world's largest producer of uranium. Recently, Kazatomprom warned about a shortage of sulfuric acid, essential in various stages of uranium production. This shortage and delays in uranium production could pose a significant challenge until 2025. Kazatomprom's limited capacity to meet global demand is exacerbated by the lack of sulfuric acid, crucial in processes ranging from ore preparation to conversion into uranium hexafluoride (UF6), affecting stages such as leaching, extraction, and purification.
The price of uranium has recently doubled, reaching over +R$1077/kg (+$100/lb), a level not seen since the Fukushima disaster in 2011. This price surge is attributed to the increased strategic focus on nuclear energy by 24 countries, including the US, Japan, China, and France, which plan to triple their nuclear capacity. This increased demand has put pressure on the installed capacity and supply chain dedicated to uranium production, the essential raw material for nuclear plants.
US legislation has also recently passed a bill prioritizing domestic sources of 20 tons of High-Assay Low-Enriched Uranium (HALEU), adding further pressure to the global supply. Currently, global uranium production is adjusted to about 50 thousand tons per year, with Kazakhstan, Canada, and Australia as the main suppliers.
HALEU, or High-Assay Low-Enriched Uranium, is particularly valuable for its U-235 concentration between 5% and 20%, making it suitable for high-temperature nuclear reactors. This type of uranium allows for the production of more efficient and safer reactors, reducing the amount of nuclear waste generated.
Uranium production requires a significant amount of sulfuric acid, commonly in a 1:1 ratio. The shortage of this acid, which is vital in various stages of the uranium production process, is causing concerns in the supply chain. Until 2025, this shortage is expected to persist, affecting not only uranium production but also various other industries that rely on sulfuric acid, such as the chemical, battery, and pulp and paper industries.
In the face of this scenario, it is essential for companies dependent on these materials to develop strategies to mitigate the impacts of the shortage. This may involve diversifying the supply chain, investing in alternative technologies, or seeking alternative suppliers. Adapting quickly to these changes is crucial to ensure business continuity and minimize impacts on prices and production.